HELICONIACEAE

Heliconia angusta Vell.

Como citar:

Maria Marta V. de Moraes; Miguel d'Avila de Moraes. 2011. Heliconia angusta (HELICONIACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

LC

EOO:

920.352,047 Km2

AOO:

488,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

A espécie é endêmica do Brasil, ocorrendo exclusivamente nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Espirito Santo, Minas Gerais e Bahia (Braga, 2008; 2010).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2011
Avaliador: Maria Marta V. de Moraes
Revisor: Miguel d'Avila de Moraes
Categoria: LC
Justificativa:

A espécie ocorre nos Estados deMinas Gerais, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo com EOO de 784.382,2 km². Está presente em diversas unidades de conservação (SNUC), apresentando grandes e extensas subpopulações.

Perfil da espécie:

Obra princeps:

O epiteto específico é uma referência ao formato estreito da lâmina foliar. Heliconia angusta é caracterizada pelo arquétipo musóide, inflorescência ereta, brácteas dísticas, laxas, persistentes e conduplicadas, flores ressupinadas, botões florais expostos, perianto reto e estaminódio marsupiado. O especialista botânico (Braga, J.M.) que validou os dados da família afirma ter reais dúvidas sobre as sinonimizações de H. aurorea, H. citrina, H. fluminensis, H. lacletteana, H. laneana, H. laneana f. elatior com H. angusta, corroborando dados fornecidos por J. Kress (com. pess.), que afirma estas espécies distintas dentro de um mesmo complexo.

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Sim
Detalhes: A espécie possui valor no mercado internacional de plantas ornamentais (Albieri, 2008).

População:

Flutuação extrema: Sim

Ecologia:

Biomas: Mata Atlântica
Fitofisionomia: H. angusta ocorre em diversas fitofisionomias associadas ao domínio fitogeográfico Mata Atlântica (Alonso; Souza-Silva, 2009). Foi registrada em áreas sombreadas do sub-bosque e bordas de mata em Florestas Ombrófilas Densas em diversas altitudes, em Florestas Estacionais Semideciduais interioranas na região do vale do Rio Doce, MG (Simão; Scatenha, 2001; Braga, 2008), em Depressões Alta úmida associadas à Restingas (Brejos de Restinga, Florestas Paludosas, Florestas Paludosas sobre substrato turfoso) (Martins et al., 2008).
Habitats: 1.5 Subtropical/Tropical Dry, 1.8 Subtropical/Tropical Swamp, 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland
Detalhes: Planta herbácea, terrícola, H. angusta ocorre em diversas fitofisionomias associadas ao domínio fitogeográfico Mata Atlântica (Alonso; Souza-Silva, 2009). Foi registrada em áreas sombreadas do sub-bosque e bordas de mata em Florestas Ombrófilas Densas em diversas altitudes, em Florestas Estacionais Semideciduais interioranas na região do Vale do Rio Doce, MG (Simão; Scatenha, 2001; Braga, 2008), em Depressões Alta úmida associadas à Restingas (Brejos de Restinga, Florestas Paludosas, Florestas Paludosas sobre substrato turfoso) (Martins et al., 2008).

Ameaças (3):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced) national low
A espécie é utilizada para fins paisagísticos e, mais recentemente, como elemento na floricultura (Braga, 2008), adquirindo valor no mercado internacional de plantas ornamentais (Albieri, 2008).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
A redução e degradação do habitat deH. angusta também configura uma ameaça crescente, uma vez que o domínio fitogeográfico Mata Atlântica e seus ecossistemas associados vêm sendo amplamente destruídos para diversos fins. Áreas de Restinga que possuem registros de H. angusta no litoral central de São Paulo, por exemplo, vêm dando lugar a empreendimentos imobiliários altamente impactantes (Martins et al., 2008). Esse cenário é recorrente ao longo da costa brasileira.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.5 Invasive alien species (directly impacting habitat) national medium
A incidência de espécies invasoras com alto poder competitivo também pode configurar uma ameaça a perpetuação de H. angusta na natureza (Silva, 2010).

Ações de conservação (2):

Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level
A espécie foi considerada "Vulnerável" (VU) em avaliação de risco de extinção empreendida para a flora do Estado do Espirito Santo (Simonelli; Fraga, 2007).
Ação Situação
1.2.1.2 National level
Consta no Anexo II da Lista Oficial de Espécies Ameaçadas de Extinção (MMA, 2008).